quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DIÁRIO DE BORDO - BELA CRUZ: VISITA A VICENTE FREITAS E AO MUSEU EMÍLIO FONTELES

DENTRE SEUS OBJETIVOS, O MEMORIAL DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA SANTANA, TEM O DE SER UM ESPAÇO QUE PROMOVA A MÚTUA COOPERAÇÃO ENTRE OS DIVERSOS ATORES SOCIAIS DO MÉDIO E BAIXO VALE DO ACARAÚ QUE LUTAM PELA CAUSA DA PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA, CULTURA E HISTÓRIA DE SUAS CIDADES.
PARA TANTO, TEMOS BUSCADO ESTREITAR LAÇOS COM ESTES COMPANHEIROS E COMPANHEIRAS DE LUTA.


Bela Cruz, 12 de Outubro de 2011

Parti de Santana do Acaraú às 6 horas da manhã, temendo não chegar à Bela Cruz no horário que havia acordado com o atencioso senhor João da Secretaria de Cultura de Bela Cruz para visitar o Museu Emílio Fonteles.
Não tendo outro contato do professor Vicente Freitas além daquele da rede social facebook, busquei saber do Professor Plauto Araújo pontos de referência que me levassem á casa de Vicente Freitas. Além do intuito de conhecer o Museu, viajei com a intenção de conhecer Vicente Freitas.
Cheguei à Bela Cruz, terra amada do fundador de nosso Memorial às 7 horas e 30 minutos, tempo menor do que aquele que eu calculei, hora não muito própria para visitas.
"Puxando pela memória", localizei o Museu Emílio Fonteles que, estava situado no mesmo local que eu lembrava quando fui à Bela Cruz para deixar meu parco currículo de enfermeiro na secretaria de Saúde.

Dispondo de uma hora e meia antes daquela maracada para a visita ao Museu, com os pontos "cardeais" que me foram dados, emprrendi a busca pela casa do professor Vicente Freitas.
Como temia, chegamos ainda em ocasião na qual a família tomava os primeiros cuidados matinais para a lida de mais um dia. Porém fomos muito bem recebidos e minha figura, antes virtual tornou-se real, bem como a do professor vicente Freitas a mim também.
Em minha fala inicial pedi desculpas por ter chegado tão cedo e reforcei meu intuito de estreitar os laços da luta pela preservação dos patrimônios locais na região.
Vicente Freitas, em sua fala, partilhou-nos sua trajetória e os rendosos frutos desta como a publicação de seu livro Bela Cruz, Biografia do Município (cujo link de acesso virtual os nobres leitores poderão acessar no final deste texto) e o seu riquíssimo e raro acervo bibliográfico, de livros que nunca sonhávamos conhecer, como o da poetisa Dinorah Ramos onde reuniu as poesias de seu tio Antônio Tomás.
Terminado este primeiro momento de visita fomos ao Museu Emílio Fonteles. Lá fomos recebidos pela senhora Aurinélia que, gentilmente, nos abriu o Museu apesar de ser dia Santo.
A casa onde está situado ainda mantém muito de seus traços originais e o acervo, constituído em grande parte por utensílios do cotidiano das famílias, do comércio,dos serviços públicos, com uma sala que homenageia Monsenhor Odécio; é pequeno para o espaço da casa.
PRIMEIRA SALA DO MUSEU EMÍLIO FONTELES

O Museu existe desde 1999, passou por duas sedes anteriores, por um período onde ficou fechado, estando hoje aberto nos três turnos à visitação pública aos cuidados professores da rede municipal ali lotados para esse fim.


UTENSÍLOS DA SEGUNDA SALA. DENTRE ELES ESTÃO: MOLDES PARA A FABRICAÇÃO DE DENTES DE OURO E UMA MÁQUINA DE DEBULHAR MILHO.

Muitos dos desafios do Museu Emílio Fonteles estão presentes também no Memorial da Paróquia de Nossa Senhora Santana como períodos alternados de grande número de visitas e períodos de quase nenhuma visita e a necessidade da capacitação de pessoas para a catalogação das peças museais.

PARAMENTOS DE MONSENHOR ODÉCIO EM SALA DO MUSEU DEDICADA À SUA MEMÓRIA

Findamos nossa visita conhecendo um acervo particular de objetos museais de um vizinho de Vicente Freitas. Contudo, a ausência momentânea do dono não possibilitou conhecer melhor o mesmo.
Nos despedimos do professor Vicente Freitas agradecendo-lhe a generosidade com que nos recebeu e voltamos a Santana ainda mais cientes daquilo que suspeitávamos: o vale do Acaraú tem ainda muita história pra contar e precisa ser enxergado por aqueles que regem o destino dos bens culturais no País.
A Vicente Freitas e à equipe do Museu Emílio Fonteles nosso muitíssimo Obrigado. Esperamos que esse encontro seja o primeiro de muitos.
ACESSE A OBRA DE VICENTE FREITAS COLANDO ESTE LINK NA BARRA DE NAVEGAÇÃO LINK:http://www.agbook.com.br/authors/34319

Um comentário:

  1. Professor Leandro, gostei do seu Diário de Bordo. Contudo, como prometi, vai aqui alguma informação sobre o prédio que, atualmente, serve de sede para o Museu Emílio Fonteles: A antiga casa paroquial de Bela Cruz foi inaugurada 7 de setembro de 1918. Construída pelo Padre Antônio Thomaz, para hospedagem dos padres que demorassem na povoação. À frente dessa construção esteve o Sr. João Batista da Silveira – João Albano, falecido no mesmo ano de 1918. Com a criação da Paróquia de Bela Cruz e a vinda do Padre Odécio, a casa fora reformada e ampliada, ficando então capaz de oferecer hospedagem aos Bispos e suas comitivas, nas visitas pastorais. Padre Odécio, ali residiu durante 60 anos. Hoje, cedida pela paróquia, que já dispõe de nova casa paroquial, o predio abriga o Museu.

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