terça-feira, 5 de julho de 2011

FREI CRISTÓVÃO DE LISBOA - CAPÍTULO II

Sobre a petição de Frei Cristóvão acerca das questões das admnistrações leigas dos índios, a corte de Madri pediu o parecer de Gaspar de Sousa que fora governador do Brasil. Este anuiu com o relato manifestado na petição, testemunhando muitas situações, por ele mesmo vividas, onde os índios eram explorados com vil desumanidade.
Diante do parecer de Gaspar de Sousa, Felipe II atendeu ao requerimento dos franciscanos, embora o tenha feito somente no dia 15 de março de 1624 com o acréscimo da oferta Ordinária anual: vinho de missa, farinha de trigo, , azeite e cera para ao culto divino.
No tocante aos poderes necessários para a futura missão, Frei Cristóvão foi investido dos seguintes poderes:Custódio de uma circunscrição eclesiástica que continha em si os territórios do Ceará, Maranhão,Piauí, Pará e parte do Amazonas (território que hoje corresponde a 45 dioceses e prelazias), qualificador e revedor do Santo Ofício (combater heresias era algo importante em um território que havia sido conquistado outrora pelos franceses)Visitador Eclesiástico e detentor da admnistração dos índios da referida área.
Frei Cristóvão partiu de Portugal a 25 de Março de 1624, conforme determinação da Corte, na comitiva do novo governador do Maranhão Francisco Coelho de Carvalho, com dez confrades, sendo conhecidos somente os nomes dos seguintes: Frei Sebastião de Coimbra, Frei Luís da Assunção, Frei Antônio da Trindade, Frei agostinho das Chagas e Frei Francisco do Presépio.
No Brasil, a comitiva do Governador e os missionários chegaram no dia 4 de Maio em Olinda, onde Francisco Coelho de Carvalho, ciente da invasão holandesa na Bahia, adiou a vaigem ao Maranhão para ajudar na proteção desta cidade.
Nela os Missionários ficaram até o dia 12 de Julho de 1624 quando partiram para o Ceará, chegando em Fortaleza no dia 18 de Junho do mesmo ano em Fortaleza, onde foi recebido por Martim Soares Moreno.
Durante os quinze dias que permaneceram em Fortaleza, os franciscanos dedicaram-se à caterquese dos índios e à "Cura d'alma entre os portugueses".

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